Passando o tempo

Sunday, January 11, 2009

Filme - O poderoso chefão (1970)

Sempre fui reticente a assistir a filmes “antigos”, talvez por ter começado a freqüentar o cinema em uma época em que os efeitos especiais são os responsáveis pela bilheteria. Sendo assim, assistir a um filme do início da década de 70, reprisado várias e várias vezes pela Rede Globo, parecia-me um sacrifício, principalmente em se tratado de um filme de aproximadamente 3h.

Por indicação de um amigo, e pelas críticas favoráveis que li na internet (o filme sempre aparece entre os cinco melhores filmes de todos os tempos...), respirei fundo e comprei a caixa com os três DVDs da trilogia “O Poderoso Chefão (The Godfather)”. Comecei a assistir “O Poderoso Chefão”, de 1970, quase que contrariado, mas terminei o filme com vontade de assisti-lo novamente.

O filme trata, basicamente, de “Don” Vito Corleone, um mafioso ítalo-americano majestosamente interpretado por Marlon Brando. Pai de quatro filhos. Santino “Sony” (James Caan), Freddo (John Cazale), Conie (Talia Shire, mais conhecida por interpretar a esposa de Rocky Balboa) e o caçula Michael (Al Pacino), além do adotivo Tom Hagen (Robert Duval), Don Corleone administra os negócios acompanhado de Tom, seu consligliere (uma espécie de conselheiro) e de Sonny, o filho de comportamento mais impulsivo. Freddo é o filho mais irresponsável, enquanto Michael é um militar da reserva. Durante o filme todo Don Corleone tenta manter Michael longe dos negócios. Nele o “padrinho” deposita a esperança de um futuro “legalizado” para a família Corleone. “Essa é a minha família, não eu”, diz Michael para sua namorada Kay Adams (Diane Keaton, da excelente comédia romântica “Alguém tem que ceder”).

Apesar dos negócios ilegais, Don Corleone é contrário às drogas e acaba sendo baleado enquanto comprava frutas na feira. Este atentado muda drasticamente a trajetória de Michael, que para proteger o pai, dispõe-se a participar de um plano para assassinar os algozes de seu pai. Consumado o plano, “Mike” viaja para Corleone, na Sicília (Itália), onde permanece sob proteção de dois guarda-costas. Embora Don Corleone tenha sobrevivido ao assassinato, os outros “dons” da máfia vingam-se de Don Vito metralhando o filho Sonny em um pedágio. No final do filme, descobre-se que a morte foi parte de um esquema que contou com a participação de Carlo, o esposo de Connie. Os dois se casam no início do filme, com direito à tarantella na festa. Mas nem tudo são flores, e Carlo acaba agredindo Connie, que liga para Sony. Enfurecido, ele agride Carlo no meio da rua, e esse, por vingança, acaba fazendo parte de sua vingança.

Escondido na Sicília, Mike conhece uma linda italiana, com quem acaba se casando. Apaixonado, o herdeiro preferido de Don Vito assiste à sua amada explodir dentro de um carro, em uma tentativa de se assassinar Mike. Este, então, volta para os Estados Unidos e começa a administrar os negócios do pai.

O filme é o ponto alto da carreira de Marlon Brando, que ganhou o Oscar de melhor ator naquele ano. O ator dá uma verdadeira aula de interpretação. Seus movimentos lentos, suas expressões e mesmo sua voz deveriam ser mostrados a qualquer pessoa que se disponha a ingressar na vida de ator. O filme também mostra como Mike, um homem que procura ser honesto, rende-se à necessidade de proteger sua família e acaba tornando-se um mafioso poderoso e respeitado. Vale a pena cada um dos 190 min e os três prêmios Oscar que recebeu. Talvez não seja o melhor filme de todos os tempos, mas certamente é o melhor filme de minha coleção. Assista ao trailer clicando neste link.

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